27 novembro 2010

Liturgia do 1º domingo do Advento - ANO A


Jesus precisa nascer diariamente em nossos corações para não sermos surpreendidos em sua nova vinda.

Neste fim de semana, a Igreja dá início a um novo ano litúrgico, onde somos convidados a renovar as nossas esperanças e amadurecer a nossa fé para que possamos ser promotores da paz mundial e testemunhas vivas do Evangelho. O Tempo de Advento abrange as quatro semanas anteriores ao Natal e tem a intenção de preparar os fieis para uma maior conscientização do significado da festa, além de ser marco inicial de uma nova era e a celebração de um dos mais belos mistérios de nossa fé: a encarnação do Verbo, a Palavra de Deus anunciada pelos profetas durante séculos. Justamente por ser um tempo de grande reflexão, mística e de incitação a conversão é que a cor predominante é o roxo, à exceção do terceiro domingo, onde o rosa anuncia que faltam poucos dias para que a verdadeira alegria irradie em nossa vida. O roxo aqui simboliza não a penitência, da quaresma, e sim a necessidade de recolhimento para nos tornarmos mais vigilantes, pois precisamos estar atentos à chegada do Deus-conosco.
Um dos símbolos do Tempo do Advento é a coroa de velas, que fica em lugar de destaque no altar das igrejas. As quatro velas, uma de cada cor, a serem acesas uma a cada domingo, simbolizam a luz dAquele que esperamos ansiosamente. A primeira a ser acesa é a roxa. Logo depois são acesas as demais velas, que significam a fé dos patriarcas que acreditaram no anúncio da Terra Prometida; a alegria pela descendência de Davi e o ensinamento, pelos profetas, da paz e da justiça. As velas são dispostas em uma guirlanda verde, simbolizando a esperança pela vinda do Messias, que contém uma fita vermelha, em sinal do amor de Deus para conosco, por enviar seu único Filho pela nossa salvação.
Porém, de nada servirá tanta preparação para receber Jesus no nosso meio, se Ele não nascer em nossos corações. A luz do Natal precisa acender em nosso interior diariamente, ir além de uma confraternização em família com a mesa farta de iguarias, pois assim, a esperança será renovada constantemente dentro de cada um de nós. Jesus precisa habitar os nossos corações, mas, para isso, é preciso que nós abramos o nosso interior para Ele fazer morada, uma vez que Ele é a encarnação do Deus de liberdade, que nos ama incondicionalmente e, por isso, respeita a nossa decisão de aceita-lo ou não.
Como dissemos, o termo advento nos remete a esperar aquele que vem. E tal espera é o cerne do evangelho deste fim de semana, onde Jesus nos ensina a necessidade de estarmos vigilantes a fim de que não sejamos surpreendidos com a sua segunda e definitiva vinda (cf Mt 24, 44). Sim, o advento nos oferece a memória do nascimento de Jesus para que entendamos a necessidade de nos prepararmos para sermos arrebatados ao céu, quando o Mestre voltar. Como ninguém sabe quando tal redenção irá acontecer, precisamos estar com a nossa fé em dia. Eis o que diz o prefácio da Oração Eucarística desta primeira semana do advento: Revestido de sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos, que hoje, vigilantes, esperamos.
São Paulo, em sua carta aos Romanos, nos exorta acerca da postura que devemos adotar para não sermos deixados para trás quando o Filho do homem voltar, uma vez que no evangelho, Jesus afirma que alguns serão deixados e outros, levados. Aqueles são os fracos na fé, os que depositaram toda a sua esperança no vil metal, tendo como cerne da vida, a volúpia e o exagero.Assim aconteceu na época do Dilúvio: enquanto Noé andava no caminho de Deus, o Homem se corrompia, bebendo e comendo, ignorando a arca que estava sendo construída, embarcação esta que seria sinal de salvação para aqueles que nela entrassem (cf Gn 6 –7). Ao contrário, os que serão “levados” são os que, como São Paulo afirma, ignoram as glutonerias e as bebedeiras, assim como todo e qualquer tipo de imoralidade, unicamente por ter uma vida Cristocêntrica, onde Cristo é o centro, a razão e a luz para todo passo a ser dado (cf Rm 13,13). Ainda que estejamos passando por momentos de escuridão, enquanto perduramos numa vida promíscua, Cristo não deixa de nos acompanhar, pois como nos diz o profeta Isaías: é preciso deixar sermos guiados pela luz do Senhor (cf Is 2, 5). Acredite: Ele é insistente e está sempre a espera de nossa conversão.
Portanto, que nesse tempo de preparação para o natal, possamos, assim como Maria, dar o nosso Sim ao projeto de Salvação proposto por Deus. Assim como a Santa Virgem se entregou sem medida à força do Espírito Santo, nós humanos, precisamos nos deixar impregnar do divino, relevando as coisas do mundo ao segundo plano, pois elas passam num piscar de olhos. Não é deixar de viver no mundo, e sim de não viver para o mundo. Que na noite natalina, possamos sentir a luz do paráclito incendiar nossa alma e florescer em cada um de nós a paz de Cristo e a alegria de sermos convidados a participar do banquete do Cordeiro, na Jerusalém Celeste.




Assim, seja!


por Michaell Grillo

Leituras: Is 2, 1-5; Sl 121 (122); Rm 13, 11-14; Mt 24, 37-44

06 novembro 2010

Reflexão – liturgia 32° domingo Tempo Comum

Felizes os que se despojam diante dos ensinamentos de Cristo e são capazes de entregar a Ele o viver
Neste fim de semana, a Igreja celebra todos os santos, nossos intercessores fiéis junto a Deus. A solenidade é programada para acontecer na véspera do dia de finados, porém, por se tratar de uma solenidade e pelo fato do dia 1° de novembro ter caído em uma segunda-feira, a festa foi postergada para o domingo subseqüente. Por falar nos santos, podemos iniciar a reflexão refletindo sobre o que nos leva a sermos santos nos dias de hoje, em que se vive de maneira frenética em uma sociedade hiperestimulante, que acaba por deixar o sagrado em segundo plano.
Irmãos, a santidade é o convite que Deus nos faz no momento de nosso batismo, momento no qual somos lavados de nossa mancha inicial, herança deixada por Adão e por Eva (cf Gn 3). Na pia batismal, temos a fronte traçada pelo símbolo maior de nossa fé: o sinal da cruz que nos remete ao Deus trindade que se faz três para ser um só em nossos corações. Procuro calcar a santidade sobre três pilares: o decálogo (cf Ex 20, 1-17), mandamentos deixados por Deus ao seu povo; as bem aventuranças (cf Mt 5, 1-12 a), recomendadas por Jesus ao seu povo e o testamento deixado pelo Filho do Homem durante a ceia derradeira (cf Jo 13, 34-35), lição de vida para todos.
Caríssimos, é sobre esses pilares que será edificada a felicidade. Não a felicidade ilusória que nos dá a sensação de estarmos extremamente felizes. Não podemos confundir a alegria com a felicidade. Esta é a plenitude da sensação de bem-estar, que não passa diante de alguma problemática. Pode ser atenuada, mas jamais será cessada. Enquanto, que aquela é momentânea. Sentimos alegria quando compramos um carro novo ou quando recebemos uma bonificação financeira no trabalho, porém, esse sentimento finda quando o carro sai de moda e quando o dinheiro termina. Só poderá afirmar, verdadeiramente, que é feliz, aquele que está bem com Deus, com o irmão e consigo. E, justamente, para estar bem com Deus é preciso erguer os pilares citados acima.
O evangelho deste fim de semana se atenta ao segundo pilar, ou seja, as bem-aventuranças. A partir de uma leitura atenta, perceberemos que somente seremos felizes se formos pobres em espírito. Aqui, Jesus não nos fala de uma pobreza material. Sua preocupação é alertar para a necessidade de não mais sermos escravos da riqueza, pois a maior riqueza existente é a adoção de uma vida justa, centrada na humildade, na solidariedade e no total despojamento. Como é bom podermos chegar diante do sacrário e se calar para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. Naquele momento estamos despojados de nossas vaidades, de nossos egoísmos e de nossos preconceitos. É naquele prostar-se diante do Salvador que nos tornamos verdadeiramente criatura, que se deixa ser guiada pelo Senhor da vida. Somente Ele tem as palavras para nos confortar, para nos incentivar, para nos dar coragem de seguir caminhando, ainda que estejamos sendo recriminados pela sociedade técnico-científica do século XXI (cf Mt 5, 11), que custa a aceitar a decisão de nossos jovens a seguir uma vida religiosa, porque estão na contramão da história, pensamento pertencente à nossa sociedade capitalista. Porém, garanto que vale a pena estar na contramão da história para não estar na contramão de Cristo, pois Ele é caminho de mão dupla. Aliás, o próprio Jesus nos garante que vale a pena segui-Lo a fim de perseverar na busca pela santidade: Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. (cf Mt 5, 12 a)
A cada dia que abrimos as páginas de nossos jornais, somos convidados a refletir sobre como difundir cada vez mais os ensinamentos de Cristo no mundo atual, uma vez que os princípios cristãos estão sendo cada vez mais solapados por atos de atrocidades sociais, políticas e ambientais. Infelizmente, o mundo fechou os ouvidos para o anjo, citado por São João no livro do Apocalipse, que gritava com voz retumbante aos quatro anjos que faziam mal à terra, ao mar e às árvores (cf Ap 7, 3). Eis aqui mais um ponto de atenção: como respeitaremos a humanidade se não somos capazes de cuidar da natureza, que nos dá o ar que respiramos e os frutos que nos alimenta? Precisamos ser promotores da paz, em todos os sentidos. É preciso dizer não à violência social, responsável pela dizimação de muitas famílias, e à violência ambiental, pois a Mãe Terra é fonte de vida e sustento.
Agindo dessa maneira estaremos caminhando para santidade e, ainda na terra, seremos reconhecidos como filhos de Deus (cf, I Jo 3,1). O céu é conseqüência de nossas escolhas na terra: só atingirá a Jerusalém celeste àqueles que não esmoreceram na fé durante a caminhada, ainda que ela tenha sido permeada de tribulações (cf Ap 7, 14 a). Assim, como nos diz São João, esses terão suas vestes alvejadas pelo sangue do Cordeiro (cf Ap 7, 14 b), o sangue derramado na cruz por amor a cada um de nós. E chegando ao Céu, estaremos de pé diante de Deus, com as palmas da vitória na mão (cf Ap7, 9 b), por termos perseverado na justiça e no amor e, finalmente, seremos purificados, como é o próprio Cristo Jesus (cf I Jo 3,3). Por fim, seremos dignos de ter Cristo entregue a própria vida no madeiro em favor da devolução de nossa dignidade.

Obrigado Senhor!
por michaell Grillo

Leituras: Ap 7, 2-4.9-14; Sl 23 (24); I Jo 3, 1-3; Mt 5, 1-12 a

04 novembro 2010

Carta da CNBB, para os catequistas

CARÍSSIMOS/AS
CATEQUISTAS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS

“Dou graças a meu Deus todas as vezes que me lembro de vós. Sempre, em todas as minhas orações, rezo por vós com alegria, por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até agora”. (FL. 1,3-5).

Inspirada pela carta amorosa e transbordante de ternura que Paulo dirige ao povo de Filipos, pensei em cada um de vocês, catequistas, ao refletir essa leitura durante a Celebração Eucarística que nós, assessores, participamos todos os dias, aqui na CNBB.
Nesse mês missionário, somos convocados a REFLETIR a nossa vocação de discípulo missionário, conforme nos aponta o Documento de Aparecida. Muito mais que refletir, somos convidados a nos RE-ENCANTAR, isto é, criar espaço para as moções do Espírito, entrar nesse movimento dinâmico e inovador, deixar-se CONDUZIR para que o encantamento inicial, a admiração, tome conta do nosso SER CATEQUISTA. Que tal voltar às fontes e fazer memória desse CHAMADO, desse ENCONTRO que marcou definitivamente a sua existência como catequista?

“Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1, 6

Aquele que é razão desse encantamento, Jesus Cristo, que um dia nos chamou pelo nome lá onde nos encontrávamos, no cotidiano das nossas vidas, é fiel, continua presente de uma forma discreta e sutil, é o Deus da caminhada, da travessia, que pedagogicamente vai se revelando, é o Deus de Jesus Cristo. Revela-se do seu jeito não do nosso, por isso é sempre surpreendente e inusitado.
Como catequista, quais os SINAIS de Deus, da sua ação amorosa, que lhe confirmam na MISSÃO?

“É justo que eu pense assim a respeito de vós todos, pois a todos trago no coração,porque, tanto na minha prisão como na defesa e confirmação do evangelho, participais na graça que me foi dada”.FL 1, 7

A filiação divina nos faz participantes da mesma GRAÇA, somos filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos de Jesus Cristo, irmanados pelos laços do Espírito possibilitamos que a TRINDADE SANTA faça morada em nosso corpo, em nossa existência e na fragilidade das nossas limitações, expressamos a totalidade do amor de Deus. Comungamos da mesma GRAÇA, que nos possibilita realizar a missão com leveza e gratuidade, descobrindo em cada desafio, que o Senhor nos capacita com seus dons. Na sua missão como Catequista, você se sente agraciado, amado e capacitado por Deus?

“Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós com a ternura de Cristo Jesus. E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor”. FL 1, 8-10.


A relação que Paulo estabelece com as comunidades é extremamente afetiva e terna, sente saudade, porque criou laços...Preocupa-se, porque sabe das dificuldades e das limitações humanas, por isso, exorta-os para que o amor cresça, supere as diferenças e seja determinante nas escolhas.

Aprendemos de Paulo, que a vocação é expressão do amor de Deus e que o seguimento a Jesus Cristo concretiza-se nas relações que somos capazes de estabelecer com os outros. Será que a nossa catequese é capaz de possibilitar momentos de interação, de partilha, onde se acolhe e respeita o SER do/a catequizando/a na sua totalidade? Qual a nossa postura como catequistas, diante de uma sociedade discriminatória e excludente?

Querido/as catequistas, agradecemos pelos catequistas discípulos missionários, DOM-GRAÇA, derramada sobre as nossas comunidades como expressão da fidelidade Daquele que vos chamou.

Pela Comissão, Ir. Zélia Maria Batista, CF.

23 outubro 2010

Reflexão 30º domingo do Tempo Comum.

Oração: encontro entre a sede de Deus e a nossa
Neste mês de outubro, a Igreja volta suas atenções para a missão e para a partilha,elementos fundamentais para se viver a cristandade em plenitude de espírito, juntamente com a prática oracional eficaz, despojada de toda e qualquer vaidade. É justamente esse modelo de conversa com Deus que Jesus nos ensina nesses domingos de outubro.
Observa-se que a liturgia deste 30º domingo do Tempo Comum, o trecho do evangelho narrado por São Lucas nos coloca diante de dois modelos distintos de oração: o primeiro modelo é colocado em prática por um fariseu, doutor da lei e profundo conhecedor do Pentateuco, ou seja, exímio seguidor das leis judaicas, entre elas o pagamento do dízimo sobre todos os lucros e o ato de jejuar em diversos momentos da semana. Neste exemplo, Jesus nos mostra um homem que se coloca diante do Pai com o coração fechado para ouvir a Deus e a si próprio, uma vez que sua prática oracional foi marcada por total egocentrismo e auto-suficiência. O ato de se comparar com os demais faz com que as próprias falhas sejam ignoradas, se colocando em um pedestal acima de Deus e ignorando a supremacia do Criador sobre todas as coisas, visíveis e invisíveis.
O segundo modelo de oração citado na parábola do fariseu e do cobrador de impostos, também conhecido como publicano é o elogiado por Jesus e o que é visto com bons olhos pelo Pai: uma oração marcada pela humildade e calcada no despojamento total de si e de toda e qualquer presunção. Aquele que por muitas vezes se pôs a cobrar taxas elevadas de impostos aos mais pobres, cometendo, portanto, um ato de injustiça perante os homens e perante Deus, acaba se tornando exemplo a ser seguido. Em sua oração, o cobrador se coloca a distância diante do Pai, e meio que prostrado manifesta arrependimento e sem a preocupação em usar palavras rebuscadas, simplesmente se reconhece como mendigo diante do Pai e pede a Ele que tenha compaixão de sua vida.
Nesse ato de humildade e contrição do coração é que nossas súplicas chegam ao Pai, ultrapassando todas as nuvens, isto é, sem a existência de qualquer obstáculo. Aquele que se coloca diante do Altíssimo se reconhecendo pecador e ciente de que é preciso buscar a conversão, será recompensado com a justificação, isto é, a absolvição, diante de Deus, e receberá a coroa da justiça. Para todos existe a oportunidade de salvação, mas para isso basta estar com o coração aberto para olhar o pobre como se fosse o próprio Cristo e para olhar o meu irmão como irmão, independentemente de cor, raça e sexo. Pois, de que adianta o cumprimento da lei, se continuamos a olhar o próximo com ar de superioridade e indiferença?
Não podemos viver para criticar e julgar, pois o próprio Jesus não se colocou a atirar pedras em Maria Madalena e não desprezou Mateus e Zaqueu, cobradores de impostos, assim como o personagem do evangelho deste domingo. Jesus preferia os pecadores, pois sabia que essa era a sua missão. Missão de evangelizar e converter, não somente com palavras, pois essas muitas vezes se esvaem, mas com testemunho de vida, com práticas concretas, pois estes arrastam. Assim, Jesus conseguiu a que muitos pecadores mudassem o norte de suas vidas e se engajarem na missão da edificação do Reino de Deus?
E como anda nossa missão hoje em dia? Neste fim de semana, a Igreja comemora o dia do missionário, nos incitando a indagação: “O que Deus quer de mim? Ao que Ele tem me chamado?” Só conseguiremos tais respostas se estivermos afiados na oração, pois orar é mais do que falar com Deus, e sim ouvi-lo, seja na palavra, seja no irmão. Aprendendo a ouvir Deus, mediante ação do Espírito Santo, estaremos aptos a anunciar o mandamento deixado por Cristo Jesus: o AMOR, e a anunciar Jesus como o Salvador e único Rei de nossas vidas.
Ainda em termos de missão, vale ressaltar que mesmo sabendo não ser possível todos colocarem a mochila nas costas e sair pelo mundo a anunciar os ensinamentos de Jesus, talvez possamos refletir sobre o discurso do Papa Bento XVI para o dia mundial pelas comunicações e perceber a necessidade de utilizar os meios de comunicação digitais a nosso dispor para anunciar Cristo àqueles que ainda não o conhecem, na maioria jovens, que infelizmente, preferem o uso da internet para a pornografia e violência. Que nesse domingo em que repensamos a juventude, possamos ver nela o futuro de nosso país e de nossa Igreja.
Assim seja!
Michaell Grillo

16 outubro 2010

Reflexão do 29ª Domingo do Tempo Comum. Oração: relação viva e pessoal com


Oração: relação viva e pessoal com
o Deus vivo e verdadeiro¹

A liturgia deste fim de semana nos instiga a refletirmos como anda a nossa prática oracional e nos deixa inquietos quando meditamos a frase última do evangelho: Mas o Filho do homem quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra? (Lc 18, 8). Irmãos, cristão para ser cristão deve ter a oração como fundamento de sua vida. Somente na oração, obteremos as respostas para as nossas inquietudes. Porém, para tal é preciso estar vigilante a espera das respostas do Senhor. É preciso estar com o coração puro a ouvir o que Ele tem a nos dizer, seja na Palavra, seja na figura do irmão.

Orar, para Santa Teresa do Menino Jesus é um simples impulso do coração; um simples olhar lançado ao céu; um grito de reconhecimento e amor no meio da provação e da alegria (cf CIC, 2558). Deste jeito, humildes, como mendigos diante de Deus, como a propósito nos falava Santo Agostinho em uma de suas reflexões, devemos nos colocar em oração. Se a oração é o cerne do cristianismo, a humildade é o cerne da oração. Somente o que crê em Cristo Jesus é capaz de experimentar a humildade, uma vez que o verdadeiro cristão sabe que nada e nem ninguém é comparável ao Salvador.
Humildade também pede perseverança. Sim, só é humilde aquele que sabe esperar com paciência no Senhor; que sabe reconhecer que a nossa vida não pertence a nós, e sim Àquele que nos lavou de todos os pecados, na cruz. Perseverança teve a viúva do evangelho deste fim de semana. Ainda que recebesse diversas negativas aos seus pedidos, não esmoreceu e continuou acreditando que a justiça prevaleceria, demorasse o tempo que fosse. Interessante o ensinamento de Jesus, após contar a parábola. Ele nos afirma que ainda o juiz não voltasse atrás em sua postura e agisse a favor da viúva, Deus não esqueceria dos que Ele escolheu para formar o seu povo. É preciso que nos conscientizemos que sendo adeptos da justiça e da retidão, o Senhor não irá nos desamparar, estendendo as suas mãos sobre cada um de nós e nos ungindo com o Espírito Santo, como fez o instrumento do Criador, Moisés, na primeira leitura deste fim de semana, a fim de que possamos atravessar as tribulações sem quedas.

Irmãos, adotemos o costume de estar em sintonia com Deus, em todos os momentos e atividades de nosso dia; pais, ensinem seus filhos, desde a infância, a terem contato com as Sagradas Escrituras, que como Paulo bem diz, têm o poder de comunicar a sabedoria que nos conduz à Salvação pela fé (cf II Tm 3, 15). Sim, precisamos de fé para chegarmos a salvação. Fé, que uma vez madura, não nos permite esmorecer diante das tribulações; que nos faz acreditar no que ainda esperamos, com mais convicção. Somente assim, seremos cristãos de verdade: com fé, humildade e exercendo, de maneira constante, a prática oracional.

Paz e Bem!

1- Cf CIC, 2558

Leituras: Ex 17, 8-13; Sl 120 (121); II Tm 3,14--4,2; Lc 18, 1-8

Michaell Grillo

10 outubro 2010

O mês da missão


Somos todos chamos e enviados para a missão.

Neste mês que a Igreja dedica às missões, somos todos convidados a refletir a importância da entrega total para esse serviço. Mas é necessário olhar com audácia e coragem para aquele que foi o primeiro missionário do Pai. Jesus é o Filho de Deus, a palavra feita carne; verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Sua paixão, morte e ressurreição, possibilitam a superação do pecado e a vida nova para toda a humanidade.
Jesus Cristo é o primeiro a anunciar a Boa-Nova, Boa - Noticia, de que a vida está acima da qualquer lei; que a dignidade da pessoa humana é essa novidade é essa boa - noticia que Jesus anuncia. Ele é o enviado do Pai, não para condenar o mundo, mas para reconciliar com o Pai. Mesmo que Jesus é o enviado do Pai e sendo o Evangelho vivo, é preciso que acreditemos e anunciemos também o Evangelho de Jesus Cristo Filho de Deus. Jesus em sua missão não condenou o que os doutores da lei e fariseus faziam, mas ele mostrou caminhos que o levariam para a liberdade, pois é necessário abris mão de suas tradições. A missão exige mais que abrir mão de bens matérias, exige, sobretudo abrir mão de tradições, até de tradições salvíficas, mas disfuncionais e portanto, fardos disponíveis diante de um novo contexto histórico e cultural. O anuncio da boa-nova, da boa-noticia que Jesus faz com seus discípulos e nos chama a fazer hoje deve ser a novidade no meio do povo; é novidade porque anunciamos a liberdade diante da opressão; é novidade porque deixa o povo livre, capaz de reconhecer sua dignidade como pessoa humana. Mesmo diante da dureza do coração dos doutores da lei e fariseus Jesus é capaz de anunciar a boa-nova e atrair pessoas para o segui-lo.
Jesus enviou seus discípulos para anunciar à boa noticia da assunção, da recapitulação e da reintegração da humanidade e do mundo no projeto de Deus: “Como tu, Pai estas em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”(Jô 17, 21), e Jesus continua com sua oração; “Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”(Jo 17, 18). Jesus e os discípulos são os primeiros missionários do ensinamento novo, que não ficará restrito a um pequeno grupo mais toda a multidão poderá ouvi-lo. Diante de uma vida sem sentido Jesus nos revela a vida intima de Deus em seu mistério mais elevado a comunhão trinitária.
Como discípulos missionário de Jesus somos convidados a gastar a vida como sal da terra e luz do mundo. A luz deve brilhar não só de cada missionário, mas é a luz que vem de Cristo, pois não vamos à missão por conta própria, em nosso nome, mas é em nome de Cristo. O sal da terra é o vigor que se deve ter pelo anuncio da boa-nova, é o novo sentido que devemos despertar na vida das pessoas em nossa missão; “tanto Jesus, o santificador, quanto os santificados são descendente do mesmo ancestral, pois essa razão ele não se envergonha de os chamar de irmãos”(hebreus 2, 11).
Na missão é que encontramos o sentido pleno de está vivendo o que Cristo nos chamou, que é anunciando e reanimando a vida, dos desanimados pela opressão e negação da vida.
Frei Jacó Paiva de Mesquita.

Reflexão 28ª Domingo do Tempo Comum





No caminho da fé, a salvação para as lepras corporal e espiritual


Na liturgia deste fim de semana, a Igreja nos leva a refletir sobre a gratidão do povo, receptor de inúmeras bênçãos ao longo da história, para com Deus. Nas leituras deste 28° domingo do Tempo Comum, nos é apresentado a figura do sírio Naamã, curado de sua lepra após o ritual da época; além da famosa passagem dos dez leprosos que são curados pela fé, ao aceitarem a ordem dada por Jesus sem nenhum tipo de objeção.

Tanto na passagem do segundo livro dos Reis, quanto no evangelho narrado por Lucas, percebemos como temáticas centrais a busca pela cura e o nem sempre agradecimento para com Àquele que nos concedeu o direito de voltarmos à pureza. Será que somos capazes de agradecer a Deus em nossas orações pessoais, pelas graças obtidas no dia, como fez o leproso samaritano, prostrando-se diante de Jesus e o glorificando em alto e bom som? Será que nos preocupamos, como ato de gratidão, em nos comprometermos a servir a um único Deus, o Deus da vida, como fez Naamã, na primeira leitura?

Infelizmente, a nossa oração é demasiadamente imatura, permeada de vaidades e desejos primários, que nos coloca como Deus de Deus. Damos ordens ao Pai, ao invés de agradece-lo; esquecemos a receita básica de oração que o próprio Jesus nos ensina (cf Mt 6, 10). Entregar a nossa vida nas mãos do Pai, ao ponto de nos rendermos totalmente ao projeto que Ele tem para cada um de nós, é a melhor maneira de agradecermos a Ele o dom da vida; o amor incondicional que nutre pelo seu povo, e tantos outros prodígios realizados em nossas vidas.

Não podemos recorrer à Jesus apenas na intenção de obtermos a cura de nossas lepras, corporais e espirituais. É preciso ir ao encontro do Salvador despojado de todo e qualquer interesse, movido apenas pelos olhos da fé. Somente pela fé seremos capazes de caminhar firmemente em direção a Salvação, a maior de todas as curas que podemos obter.

Assim como os leprosos do Evangelho deste domingo, o primeiro passo a ser dado pela fé é reconhecer que Jesus é o nosso mestre, único e verdadeiro Rei. Desta maneira, agiu o grupo de dez leprosos: Pararam a distância e gritaram: “Jesus, mestre, tem compaixão de nós” (cf Lc 17, 12b). O segundo passo é reconhecer a autoridade de Jesus sobre as nossas vidas. Os leprosos eram vistos como seres impuros e por isso não podiam viver dentro do prisma social. Como na época não existiam médicos, cabia à figura do sacerdote o atestar da cura dos cidadãos portadores de doenças, castigos de Deus como afirmavam os judeus, a fim de reinseri-los no contexto social. Entretanto, mesmo vivendo nessa conjuntura, os leprosos não apresentaram objeções à ordem dada por Jesus, que os mandou se apresentarem ao sacerdote. Sim, eles caminharam rumo ao templo, movidos pela certeza de que basta Jesus querer a realização do milagre para este acontecer em plenitude. Pedindo com fé, a graça nos é dada, no tempo divino.

O terceiro passo a ser dado na fé é tomar consciência de que Jesus acolhe a todos, sem distinção de etnias, cor e sexo. Ele está de braços abertos a espera da abertura de nossos corações para que Ele possa agir. Se não fosse o olhar misericordioso de Cristo e o amor transbordante por cada um de seus Irmãos, Ele como judeu, sequer chegaria perto de um samaritano (cj Jo 4, 9), ainda mais portador de lepra. Reconhecendo tal misericórdia, o único samaritano do grupo dos dez leprosos, foi também o único a voltar antes mesmo de se apresentar ao sacerdote. A atitude do samaritano se deu desta maneira, certamente, por ter entendido que se basear apenas pela lei não dá garantia de ser justificado em Cristo e por Cristo (cf Gl 3, 11). Os outros nove, ainda que curados por Jesus, preferiram voltar os olhos apenas para o cumprimento da lei e ficaram no templo.

Experiência similar teve Naamã, general do exército do rei da Síria. Naamã era um homem valente, porém leproso (cf II Rs 5, 1b), o bastante para ser considerado impuro. Porém, mais do que a lepra corporal, Naamã sofria com a espiritual. Por deter o título de general, Naamã achava que deveria ser atentido pessoalmente pelo profeta Elizeu. Ora, se sobrou fé no leproso samaritano, faltou em Naamã, pois o sírio só reconheceu a autoridade do profeta, instrumento de Deus para levar os homens a salvação, quando sentiu a sua pele pura como a de uma criancinha: Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra (cf II Rs 5, 15b). Faltou fé ao general...

Ter fé é exatamente o contrário do que fez Naamã: é acreditar no impossível aos olhos humanos; é caminhar pelas estradas da vida certos de que nenhuma tribulação será capaz de nos derrubar, pois o senhorio de minha existência está nas mãos de Jesus; é testemunhar com a vida que somente o Senhor nos leva a experimentar a salvação e que somente por Ele somos capazes de enfrentar as chamas da injustiça sem deixar de louva-lo e glorifica-lo (cf Dn 3, 24), pois aquele é convicto tem fé é convicto de que reinaremos se com ele ficarmos firmes (cf II Tm 2, 11b).
Leituras: II Rs 5, 14-17; Sl 97 (98); II Tm 2, 8-13; Lc 17, 11-19
Escrito por: Michaell Grillo

25 setembro 2010

Reflexão 26º Domingo do Tempo Comum







Reconhecer Cristo no pobre: ponte para chegar ao céu
por Michaell Grillo

Queridos irmãos e irmãs
Mais um fim de semana se aproxima e com ele, Jesus não se cansa de nos fazer refletir sobre como estamos procedendo na vida. A parábola do Evangelho do 26º domingo do Tempo Comum é bem atual, uma vez que nos deparamos com uma das dicotomias mais freqüentes na sociedade de consumo em que vivemos: de um lado, os ricos; do outro, os pobres. Na verdade, na introdução do texto, fica bem claro que a distância entre o Lázaro, o mendicante e o rico, sem nome, é apenas a porta da casa do rico. Porta esta que será crucial para o destino de ambos após a morte corporal, pois o fato de não abri-la ao pobre, isto é, pelo fato de não dar importância ao que secava as feridas ao sol é causa dos tormentos que o rico irá sofrer quando perceber que ao lado de Deus está o negligenciado.
O pobre, aos olhos de Deus, é visto de maneira diferente: justamente o marginalizado, cujo único companheiro era o cachorro que vinha lamber as suas feridas, contempla a face do Pai quando é visitado pela morte corporal. Ao contrário, o rico enfrenta o sepultamento e depara-se do lado oposto ao de Lázaro, ou seja, distante de Deus, simbolizado na figura de Abraão.
Precisa-se ter em mente que tal parábola foi contada por Jesus aos fariseus, que tinham o Pentateuco (conjunto de cinco livros das Sagradas Escrituras: Gênesis, Êxodo; Números; Levítico e Deuteronômio) como a Lei suprema. Os fariseus, enquanto judeus, viam os pobres como seres impuros, fadados a padecer nas misérias existencial e social. Porém, Jesus vem justamente alertar que aos olhos de Deus, o pobre tem mais valor do que o rico que apenas soube gozar a vida no esbanjamento, esquecendo de olhar para as portas da vida, onde milhares de pobres sentam-se a mendigar e a pedir um pedaço de pão, também conhecido como solidariedade. Mas, esses não são ouvidos, não tem vez em nossas sociedades.
O rico ao deparar-se com Abraão, o reconhece como Pai e o mesmo acontece com o patriarca, que reconhece o rico como filho, porém, o reconhecimento da existência de Deus não é o bastante para alcançarmos a vida eterna, uma vez que o verdadeiro atestar da presença de Deus se dá no serviço, na entregar-se total, no não medir esforços para ver o bem do próximo.

Irmãos e Irmãs, nesse mundo em que vivemos, marcado por desigual e humilhante distribuição de renda, precisamos nos dedicar a fazer esmolas a quem realmente precisa, pois somente partilhando os nossos bens com quem perece é que estaremos sendo justos aos olhos de Pai. Entretanto, se estamos a aproveitar sofás de marfim e a desfrutar de taças de vinho enquanto que o nosso irmão tem que se contentar com as migalhas que caem de nossas mesas, certamente não seremos dignos de estar ao lado do Pai na morada eterna.

Leituras: Am 6, 1.4-7; Sl Sl 145(146); I Tm 6,11-16; Lc 16, 19-31

09 setembro 2010

Mês da Biblia


Estamos entrando no mês de setembro, Mês de Bíblia.
Poderá ser um período de renovação da nossa vida cristã individual e comunitária.
De fato, a Bíblia é uma forma de presença de Deus no meio de seu povo. Ela nos faz ouvir a Deus, a Ele nos conduz e nos faz conhecer seu amor. Se estivermos abertos à ação do Espírito Santo, a Bíblia nos fará não só ter um conhecimento teórico da Palavra de Deus, mas também experimentar vivamente o amor com que Deus nos ama. Essa experiência é fundamental na vida cristã.

"Não há melhor pedagogia que o testemunho."
" Quer que alguém se encante com a Bíblia? Seja encantado por ela. Podemos usar de muitos recursos, demosntrar sua utilidade e até doar bíblias e, mesmo assim, não despertar paixão por ela. Há grande diferença entre ser encantado por ela e simplesmente fazer uso e ler."
A leitura orante da Bíblia. A leitura orante da Bíblia, também conhecida pelo nome latino Lectio Divina, é uma forma maravilhosa de oração bíblica na qual acontece uma interatividade intensa entre o leitor - que é orante e não apenas leitor-, o escrito (Bíblia) e o autor (Deus). A leitura orante da Bíblia não é uma interpretação explicativa do texto, mas uma forma privilegiada de rezarmos nossa história à luz de fatos e experiências bíblicas. Esta leitura obedece aos seguintes passos:
Ler o texto percebendo quem são os personagens , os problemas e as situações históricas:
Encontrar no texto como são apresentados Deus, o mundo o ser humano;
Verificar com que personagem o leitor se identifica e por que - pergunte-se " o que esse texto quer dizer para mim hoje?"
Depois de toda essa análise, fazer uma oração contemplando os elementos que o texto ofereceu. Essa oração deve se abrir a níveis cada vez mais intensos e profundos, passando da fala para a meditação e desta para a contemplação.
A leitura de um salmo finaliza lindamente essa oração.Essa forma de orar com a Bíblia tem origem nos mosteiros e alcança hoje vários espaços e ambientes de cultos católicos e de outras confissões religiosas.SONIA SIRTOLI FÄRBER em entrevista a revista Rainha dos Apóstolos.
Deus nos visita
A Bíblia narra que, ao longo de toda a história, Deus vem ao encontro do homem de muitas formas e em muitos momentos.Desde os tempos áureos do profetismo até as narrativas do evangelho, o tema da visitação é recorrente. Deus quer estar com seu povo e está disposto a fazer aliança com ele.Quando da encarnação do Verbo, essa visita, tão almejada, efetivamente acontece. Significativos são os pontos de contato que o texto de 2 Sm 6,1-15 possui com a visitação de Maria à sua parenta Isabel (Lc 1,39,56): a Arca da Aliança contendo as “Palavras de Deus” é levada para uma cidade nas montanhas de Judá; Maria tendo em seu ventre o “Verbo, a Palavra de Deus” vai para uma cidade nas montanhas de Judá. A Arca é recebida com aclamações de alegria; Maria é recebida com aclamações de alegria. Na cidade, o rei se pergunta: “Como posso receber em minha casa a Arca de Deus?”; Isabel ao ver Maria diz: “Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?”; a Arca permanece 3 meses naquele lugar, Maria fica 3 meses na casa de Isabel!Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento mos tra Deus visitando seu povo: “Deus vos visitará , vos fará subir deste país para o país que ele prometeu com juramento a Abraão, Isaac e Jacó” (Gn 50,24s). A oração feita por Zacarias, pai do precursor do Messias, João Batista, inicia com a exaltação: “Bendito seja o Deus de Israel, porque visitou e redimiu seu povo” (Lc 1,68) e termina agradecendo pelo “Sol nascente nos vir visitar (cf. Lc 1,78s).Ao longo de sua vida, Jesus passou pela história de muitas pessoas (cf Mc 10,46,52: cego Bartimeu), hospedou-se em suas casas (Lc 9,38: em Betânia), visitou (cf. Lc 19,5: casa de Zaqueu) e celebrou a vida com elas (cf. Jo 2, 1ss). A passagem de Jesus pela vida de alguém sempre foi um convite, uma provocação para que aderissem à sua proposta. Muitos aceitaram, mas nem todos. O quarto evangelho sublinha a resposta negativa que muitos deram a Jesus:”Ele veio aos seus e os seus não o receberam” (Jo 1,11). De forma poética, a Bíblia mostra o drama daquela que quer estar com o amado, mas indolente, tem preguiça de abrir a porta para que ele entre, e quando consegue vencer o abatimento, o amado já tinha passado e ido embora (cf Ct 5,2-6).Em tempo de expectativa para a vinda do Senhor - no Natal, quotidianamente e no final dos tempos - cada pessoa é chamada, de forma pessoal e individuada, a preparar-se para esta “visita”, pois o Senhor está à porta e bate, quem abrir fará comunhão com ele (cf. Ap 3,2) e quando ele aparecer uma segunda vez, aos que o aguardam, lhes dará a salvação (cf. Hb 9,28).
Edna Maria

10 junho 2010

Primeira Comunhão na Presidência

Existem momentos marcantes nas comunidades de fé cristã. Um destes momentos, talvez um dos melhor preparados por mulheres que dedicam grande tempo de suas vidas à formação inicial dos jovens cristãos que lhes são confiados, seja o da Primeira Eucaristia.

Na Comunidade Nossa Sra de Fátima, na Presidência, os catequizandos receberam o Sacramento pela primeira vez, neste domingo, numa bela celebração, animada por Frei Weliton, que acompanha a comunidade em suas atividades pastorais, e por Frei Marcos Prado, convidado para celebrar com eles.










Fiéis e Congresso Eucarístico













Apesar de já terem se passado alguns dias desde o Congresso Eucarístico 2010, publicamos hoje as imagens da participação das catequistas e fiéis da Comunidade Nossa Sra. da Ajuda no evento, onde o que mais chamou sua atenção, como um momento forte do encontro, foi a grande Profissão de Fé rezada.

Segundo a catequista Maria Luiza, houve diversos momentos emocionantes, sem contar a visita à cidade, que de fato é muito bela.

Maria Luiza pediu, também, que não deixássemos de agradecer à Irmã Maria Clara, da Congregação das Irmãs de Belém , que foi quem as levou até Brasília.
"Fomos muito bem acolhidas, tanto pela comunidade quanto pelas famílias que abriram as portas de suas casas para nos receber", disse Maria Luiza.























































09 junho 2010

Sagrado Coração de Jesus

Veja a animação da reflexão sobre a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o titular de nossa Paróquia!

05 junho 2010

10ª Semana Comum - Senhor da Vida

Corpus Christi: Catequizandos ajudam nos tapetes


Uma quinta-feira marcada pela devoção de toda uma diocese. Assim, pode ser definido o dia de Corpus Christi, na cidade de Petrópolis. As homenagens ao Sacratíssimo corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo começou às 15 horas na Catedral São Pedro de Alcântara. Presidida pelo Bispo D. Filippo Santoro, a missa contou com a participação dos seminaristas e dos sacerdotes e fiéis das paróquias próximas à região central da cidade.

Imediatamente após o término da celebração, iniciou-se a procissão pelas ruas da cidade. Durante mais de uma hora, uma multidão pode cantar louvores e render graças enquanto Jesus, sob forma de Eucaristia, passeava por tapetes confeccionados pelos fiéis durante todo dia, num ato de amor e devoção Àquele que se entregou por nós na Cruz, pela nossa salvação.

Da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, junto aos fiéis, participaram da confecção dos tapetes as crianças da catequese da comunidade Nossa Sra. da Ajuda. Confira nas fotos!
Por Michaell Victor Grillo

02 junho 2010

Corpus Christi

Apresentação sobre o tema da liturgia:

Coroação de Nossa Senhora no Oswaldo Cruz


Como é costume, no fim do mês de maio, mês mariano, muitas de nossas comunidades de fé elevam sua devoção à Mãe de Deus na celebração de sua coroação. Assim, na Comunidade Nossa Sra. Aparecida, no Oswaldo Cruz (Petrópolis), as crianças da catequese, vestidas de anjos, entraram na pequena igreja trazendo a imagem de Nossa Senhora iluminada pela chama das velas que cada uma trazia consigo.

Foi realmente um belo momento, ensaiado por Marilda, que também atua no Projeto Gente Viva da comunidade. A celebração foi presidida por Frei Ludovico Garmus e, contou com a participação dos frades estudantes que acompanham a comunidade: Frei Adilson, Frei João Lopes e Frei Leonardo Pinto.


O carinho e amor dedicado à Maria, mãe de Jesus, sempre encontrou lugar nos corações dos cristãos. Que ela continue a interceder em favor desta comunidade e de tantas outras pelo mundo!

Coroação de Nossa Senhora no Ingelheim



Por que coroamos Nossa Senhora? Se nós coroarmos a Mãe Rainha .... isto não significa que Ela é Rainha do mundo porque nós A coroamos; e sim que nós A coroamos porque Ela é Rainha. Em outras palavras, nós somente reconhecemos o que Deus fez por Ela: ao lado do Rei, Ela é a Rainha. Jesus é Rei dos séculos eternos por natureza e por conquista; por Ele, com Ele, subordinadamente a Ele, Maria é Rainha por graça, por parentesco divino, por conquista, por singular eleição. E o seu reino é vasto como o de seu Filho e Deus, pois que de seu domínio nada se exclue. Por isso a Igreia a saúda Senhora e Rainha dos Anjos e dos Santos, dos Patriarcas e dos Profetas, dos Apóstolos e dos Mártires, dos Confessores e das Virgens ; por isso a aclama Rainha dos céus e da terra, gloriosa, digníssima Rainha do universo.

Há, portanto, quatro razões porque Maria merece ser Rainha: Ela é a Mãe do Filho de Deus e do Messias; ela é a amorosa parceira do Redentor; ela é a perfeita Seguidora ou Discípula de Cristo; e é a mais exemplar Membro da Igreja.

Por tudo isso, a comunidade Nossa Sra. da Ajuda celebrou, no último domingo, a coroação junto às crianças da catequese e a comunidade. As fotos que seguem nos mostram como foi a bela celebração.

TV Franciscanos: Reflexão de Mc 12,18-27

31 maio 2010

Canto de Coroação de Nossa Senhora


PARA TE COROAR

Num andor de nuvens brancas
Queremos te carregar
Rainha dos anjos, pra te coroar



1. Num manto singelo
Queremos te agasalhar
Rainha dos apóstolos, para te coroar


2. Centenas de Ave-Marias
Sorrindo vamos cantar
Rainha do rosário, para te coroar


3. Um coração de amor perfeito
Queremos te entregar
Rainha do céu, da terra, para te coroar


4. A palma que hoje trazemos
Queremos te ofertar
Rainha da paz, para te coroar
Recebe esta coroa
Rainha de todos os homens
Rainha do mês de maio
Maria Virgem, Maria luz!
E dá-nos a tua benção.
Maria, divina mãe!
Nós somos todos teus filhos
Mãe nossa, Mãe de Jesus! (bis)

Catecumenato na Paróquia Sagrado Coração de Jesus


A Paróquia Sagrado Coração de Jesus convida a todos os adultos que sentem-se chamados à vida cristã, mas ainda não receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo / Eucaristia / Crisma) ou apenas um dos Sacramentos, que venham participar do Catecumenato em nossa Paróquia.

O Catecumenato é um momento intenso de formação, celebração e vivência da iniciação cristã que conduz os seus participantes, chamados catecúmenos, a um caminho de conhecimento da proposta de vida cristã, as diversas pastorais que constituem e movimentam o dia-a-dia da comunidade de fé e, além disso, é um momento forte de mudança de vida, experimentado na vida, nas celebrações que marcam cada etapa, e, por fim, na celebração dos Sacramentos.

Maiores informações podem ser encontradas na secretaria da Paróquia.

Esperamos por você!

TV Franciscanos: Comentário ao Evangelho do Dia

30 maio 2010

Santíssima Trindade

Apresentação sobre o tema da Liturgia deste domingo:

22 maio 2010

Celebração da 1ª Eucaristia na Paróquia Sagrado Coração de Jesus


Na celebração eucarística de hoje à tarde, na Igreja Sagrado Coração de Jesus, 22 crianças e jovens celebraram sua Primeira Eucaristia junto à comunidade de fiéis da paróquia.

Foi, de fato, uma bela celebração onde se podia notar no rosto de cada um deles a alegria por poder participar, pela primeira vez, da mesa da comunhão, do sacramento da união de Deus conosco e nós com Ele. Pais e familiares fizeram da igreja um espaço pequeno para comportar a todos. Frei Adriano, pároco, presidiu a celebração sempre fazendo referência à força do Espírito Santo (já que a missa já era da Solenidade de Pentecostes) e sua inspiração na vida dos cristãos.

Como oração dos fiéis, os catequizandos fizeram orações de pedido pelos dons do Espírito Santo, enquanto outros traziam velas representando os sete dons. Esta ficaram acesas durante toda a celebração, até o momento em que o Círio Pascal, símbolo do Cristo ressuscitado foi apagado, encerrando o Tempo Pascal. Neste momento, as velas, símbolo da ação do Espírito Santo, foram levadas pelos corredores, passando pela assembleia, simbolizando o envio do Espírito e que, a luz que antes estava acesa no Círio Pascal, agora queimava nos corações de todos ali reunidos.
Com a Primeira Comunhão realizada, encerram-se também o período inicial da catequese, o que não significa que seja o fim da formação como cristão. A participação do Sacramento Eucarístico deve ser o alimento espiritual para uma vida cristã ativa, de solidariedade para com o próximo e necessitado, amor e respeito pelos irmãos. Rezemos para que estas crianças sejam sempre fiéis a este compromisso assumido hoje.

Por Frei Rodrigo da Silva Santos, ofm

15 maio 2010

Retiro de Catequizandos em preparação para 1ª Eucaristia


Aconteceu hoje à tarde, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Petrópolis), o retiro dos catequizandos em preparação para sua 1ª Eucaristia, que ocorrerá no próximo sábado. Como hoje também é o Dia Internacional da Família, e entendendo o seio familiar como a primeira Igreja a qual fazemos parte, que formará a base para uma busca sólida pelo amadurecimento da fé, os pais e parentes dos catequizandos também foram convidados a participar.

A catequista Mônica ficou encarregada de conversar com os pais e discutir com eles o tema da Eucaristia, enquanto Frei Rodrigo e Frei Marcos ficaram com os catequizandos. Cada um se apresentou ao grupo, dizendo suas motivações em participar do retiro e o quais suas expectativas para a celebração que se aproxima. A partir das intenções de cada um, simbolizadas na vela que ia passando de mão em mão, serviu para que sua chama acendesse o círio pascal, símbolo da presença de Cristo entre nós.
O tema do retiro foi a missão do discípulo, tomando como base o texto de Lc 24, 13ss que narra o encontro dos discípulos de Emaús com o Cristo ressuscitado. A frase "Fica conosco, Senhor!" foi o lema de todo o encontro, ressaltada e repetida inúmeras vezes.
Outro ponto em evidência foi a preparação para a 1ª confissão dos catequizandos, explicando o sentido do sacramento da Penitência, incluindo um rito de purificação onde cada um se apresentava como impuro e tendo suas mãos lavadas pelo outro catequizando: reconhecimento - perdão.

Ficaram, então, três ideias que marcaram o tema discutido: 1) os dois mandamentos-resumo de Cristo (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo); 2) o lema e desejo do bom discípulo cristão (Fica conosco, Senhor!); e, 3) o que é Eucaristia (Deus que deseja estar conosco e nós que queremos estar com Ele).

Vale ressaltar a animação na participação dos cânones Sempre Encontrando e Alegrai-vos sempre no Senhor puxados por Frei Marcos e sua disposição em colaborar e participar no retiro.

Por Frei Rodrigo da Silva Santos, ofm